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Terapia Ocupacional

Prevenir acidentes no idoso ou quedas é uma das preocupações que a família tem com os seus familiares.
As quedas são responsáveis por 70% das mortes acidentais neste grupo etário, sendo que são as consequências destas UMA das principais causas..


 

Principais causas de quedas dos idosos em casa

Habitualmente só prestamos atenção ao risco de queda, quando ela já aconteceu e já pode ser tarde.

É importante prevenir, tendo em conta alguns aspectos:

 

1. História de quedas anteriores: por vezes as quedas nos idosos são importantes indicadores de alterações na saúde e declínio funcional, pelo que deve ter em atenção, em que contexto, aconteceram as quedas, se detectou algum factor precipitante, sintomas físicos antes da queda e referi-lo ao seu médico se necessário.

2. Tente aperceber-se de comportamentos “aventureiros” por parte do idoso (como subir escadotes), procure compreender as suas motivações e necessidades e explore formas de o ajudar sem que ele se sinta inferiorizado ou menos activo!

3. Diminuição sensorial: com a idade é comum o défice visual, pelo que se torna aconselhável uma consulta de rotina anualmente ou quando são detectadas alterações, de forma a identificar a necessidade de colocação ou actualização da graduação das lentes. Surgem as cataratas e o glaucoma. Tenha ainda atenção à capacidade auditiva, que deve igualmente ser verificada e corrigida.

4. Iluminação do lar: certifique-se que a luz em casa é suficiente e adequada para o idoso.

5. Perda de capacidade mental: em situações de demência pode ser necessário limitar algumas actividades por motivo de segurança, remover objectos em casa que possam ser perigosos e avaliar a necessidade de apoio nas várias actividades de vida diárias.

6. Alterações de mobilidade: muitas vezes os idosos têm alterações nos movimentos, o que lhes dificulta a realização das actividades diárias normais, podendo conduzir às quedas. Assim, deve ser avaliada a necessidade de auxiliares de marcha, como bengalas, andarilhos, canadianas, ou alterações em casa, como correcção de sanitários baixos, cama ou banheira, o uso de luzes nocturnas no quarto, corredor, patamares e casa de banho.

7. Devem ter-se em atenção alterações ao nível dos pés, nomeadamente unhas demasiadamente longas, calos dolorosos, ou mesmo o uso de calçado inadequado.

8. Os sapatos não devem ter saltos para não prejudicar o equilíbrio, devem ter o tamanho correcto e sola antiderrapante, devendo evitar os chinelos. A roupa também deve ser confortável e permitir a execução dos movimentos, tendo cuidado com roupa muito comprida, pois o idoso pode tropeçar nela.

9. Medicação: é comum os idosos tomarem medicamentos de forma regular e permanente, pelo que se deve tomar especial atenção ao início de novos medicamentos, uma vez que algumas quedas se relacionam com alterações recentes (inferiores a 2 semanas) da terapêutica habitual do idoso. Deve por isso informar sempre os médicos da medicação que faz habitualmente, incluindo a comprada em ervanárias ou lojas semelhantes, pois podem existir interacções entre os medicamentos.

10. A Polimedicação (4 ou mais medicamentos), ou medicamentos que causem sedação, alteração do equilíbrio, hipoglicémia ou hipotensão, poderão favorecer as quedas. Assim, deve estar informado dos efeitos de cada medicamento e estratégias para atenuar o risco a eles associados. No caso de surgir alguma doença nova, poderá ser necessário ajustar a terapêutica habitual devendo por isso informar os médicos da terapêutica que faz habitualmente.

11. Alterações urinárias: o idoso poderá sentir necessidade de urinar várias vezes durante a noite e nestes casos, ter uma mesa-de-cabeceira com dispositivos urinários (urinol, arrastadeira), é uma estratégia que pode revelar-se útil, de forma a evitar as frequentes idas nocturnas à casa de banho. Se houver alterações do controlo urinário, pode planear-se um horário de micção frequente e considerar o usos de fraldas apenas quando estritamente necessário.

12. Hipotensão ortostática: muitos idosos têm hipotensão (falta de força muscular) nas mudanças de posição, especialmente da posição de deitado para sentado, devendo por isso as mudanças de posição serem realizadas lentamente e iniciar a marcha apenas quando se sentir bem, sem tonturas, fraqueza, suores ou indisposição. Se este facto acontecer após iniciar uma nova medicação, poderá ser necessário ir ao médico, para avaliar a necessidade
de ajustar a terapêutica.

13. Consumo de álcool: mesmo em pequenas quantidades pode provocar alterações que conduzem a quedas, já que influencia o equilíbrio e interfere com a acção de medicamentos. Desta forma, o seu consumo deve ser evitado ou, se não estiver clinicamente contraindicado, consumido com moderação.

14. Restrição da actividade: o facto de o idoso ter algumas limitações físicas e funcionais que aumentam o risco de quedas, não significa que deva permanecer o dia sentado e sem actividade! De facto, o ideal é maximizar as capacidades e potencialidades, pois a restrição da actividade pode relacionar-se com as quedas, uma vez que se favorece a perda de massa muscular, flexibilidade articular e a força.

15. Os idosos devem ser encorajados a andar, realizar actividades diárias, podendo mesmo solicitar um programa de exercício adequado que melhore o equilíbrio e a flexibilidade, que aumente a força e a resistência, bem como a coordenação. Estes programas podem incluir exercícios de carga como andar e
dançar para prevenir a osteoporose, fractura da anca e aumentar a força, resistência e coordenação, ou exercícios, como nadar ou Tai Chi para melhorar o equilíbrio e a flexibilidade.

16. Quem tem familiares acamados deve pedir apoio a profissionais de forma a aprender técnicas para a transferência dos idosos, por exemplo da cama para a cadeira e vice-versa, de forma a evitar quedas durante estas actividades. Os técnicos poderão também fornecer estratégias alternativas para realizar algumas actividades diárias em casa, quando se detecta alguma incapacidade funcional.